Drones caem nas graças do mercado publicitário
Equipamentos facilitam obtenção de imagens aéreas, a baixo custo. Setor agrícola também tenta embarcar no serviço
GAZETA DO POVO ! Publicado em 08/08/2014 | LOISE CLEMENTE, ESPECIAL PARA A GAZETA DO POVO
A utilização de veículos aéreos não tripulados (vant’s) tem se provado uma boa oportunidade de negócio para empresários dos mais variados setores no Paraná. A principal aposta está nos serviços de imagens aéreas, notadamente para a publicidade, onde o maior mercado é Curitiba. No interior do estado, o uso na agricultura para monitorar lavouras, apesar de tímido, começa a ganhar espaço.
Com menor custo, os equipamentos podem substituir as imagens feitas por helicópteros e em alguns casos as de satélites. Por facilitar a obtenção de imagens em locais de difícil acesso, os drones também são utilizados por empresas de segurança, construção civil, em eventos e inspeções técnicas e também no setor imobiliário.

Lavoura
Aparelhos auxiliam pesquisadores na agricultura de precisão
Com foco no monitoramento de grandes plantações, o Brasil é pioneiro no uso de drones na agricultura de precisão. As câmeras potentes podem captar excesso ou falta de água e encontrar falhas na plantação a tempo de serem corrigidas. Estima-se que em todo o país cerca de 200 drones sobrevoem as lavouras. No Paraná, a utilização dos equipamentos está em fase de testes.
Desde o início desse ano, a Fundação ABC de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário, localizada em Castro, nos Campos Gerais, captura imagens com drones em um campo experimental. “O benefício é que conseguimos imagens de grandes áreas em menos tempo”, afirma o coordenador de pesquisa de mecanização agrícola da Fundação, Fabrício Povh.
Algumas consultorias especializadas em agricultura de precisão oferecem o serviço no Paraná. Uma delas, a Meta Agrícola, de Astorga, no Norte do estado, trabalha com imagens aéreas há um ano. Segundo Sandro Kuramae, agrônomo e proprietário da consultoria, a procura ainda é maior por agricultores de outros estados, como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Software
Depois das imagens coletadas, o desafio é transformar a foto em uma informação útil. “Estamos definindo algoritmos para mecanizar o processo. Queremos saber o que a mancha na planta significa sem precisar ir até lá”, explica Povh.
A busca agora é pelos softwares de análise. “As ferramentas de análise da foto são o limitante”, diz o pesquisador da Embrapa Lucio Jorge.
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